Antes de entender como decompor uma aplicação monolítica e transformá-la em microsserviços, é muito importante entender o que é uma arquitetura de aplicações e principalmente a diferença entre as citadas nesse artigo.
O que é arquitetura de sistemas?
Arquitetura de sistemas refere-se à estrutura fundamental, organização e design de um sistema complexo, como um software, uma aplicação, um sistema de informação ou até mesmo um sistema físico. Essa arquitetura é projetada para atender a requisitos específicos, garantindo que o sistema seja eficiente, escalável, confiável, seguro e de fácil manutenção.
O que é uma arquitetura monolítica?
Usando uma analogia não técnica, imagine uma bloco de mármore para esculturas. As formas vão sendo lapidadas e após finalizado é difícil realizar ajustes ou mudanças. Isso é monolítico.
A arquitetura monolítica é um sistema único que não pode ser dividido e roda em apenas um processo. É uma abordagem tradicional que a aplicação de software possui diferentes componentes ligados a um único programa dentro de uma plataforma. Ou seja, quanto maior for a aplicação, maior será a dificuldade para solucionar problemas e adicionar novas funcionalidades rapidamente.
Os aplicativos legados costumam ser monolíticos e possuem duas características que os tornam desejáveis de modernização: são difíceis de atualizar e caros de escalar.
O que é arquitetura em microsserviço?
Em contraponto a arquitetura monolítica, surge uma opção mais viável e barata com diversos benefícios: a arquitetura de microsserviços.
Vamos continuar a analogia para você visualizar a diferença: é como se pegássemos a escultura que seria criada e dividirmos em vários pedaços apartados e independentes um do outros.
A arquitetura de microsserviços é a estrutura da aplicação criando uma coleção de serviços. Desta forma, a ideia central é separar os sistemas para que cada um acesse uma camada do banco de dados ou algum serviço externo.
Assim, os componentes são menores, desacoplados e podem ser implantados e escalonados independente uns dos outros. Recursos modernos de Cloud Computing (nuvem) e de Devops, como “infraestrutura como código”, também são parte central da modernização de aplicações.
O que é decomposição de aplicações monolíticas para microsserviços?
É um processo de arquitetura de software em que uma aplicação monolítica, que é uma única e grande unidade de código, é dividida em vários microsserviços menores e independentes. Esse processo visa melhorar a escalabilidade, a manutenção e a flexibilidade do sistema, permitindo que diferentes partes da aplicação sejam desenvolvidas, implantadas e escaladas de forma independente.
Falamos aqui de forma detalhada o processo:
Identificação dos limites do domínio: O primeiro passo é analisar a aplicação monolítica e identificar os diferentes componentes ou funcionalidades que podem ser separados em microsserviços. Essa divisão deve ser baseada em critérios de domínio, como responsabilidades funcionais e de negócios.
Decomposição: Uma vez que os limites dos microsserviços são identificados, o processo de separação começa. Isso envolve quebrar a aplicação monolítica em partes menores, onde cada parte se tornará um microsserviço independente, o é chamado de estrangulamento.
Definição de interfaces: Cada microsserviço deve ter uma interface claramente definida, que descreve como ele se comunica com outros microsserviços ou sistemas externos. Isso pode ser feito usando APIs, mensagens assíncronas ou outros mecanismos de comunicação.
Implantação independente: Uma das principais vantagens dos microsserviços é a capacidade de implantar cada microsserviço de forma independente. Isso permite atualizações e correções mais rápidas, minimizando o impacto nas outras partes do sistema.
Gestão de dados: A gestão de dados também é dividida entre os microsserviços. Cada microsserviço pode ter seu próprio banco de dados ou esquema de armazenamento, o que evita que um único banco de dados monolítico se torne um gargalo.
Escalabilidade: Com microsserviços, é possível dimensionar apenas os componentes específicos que precisam de mais recursos, em vez de escalar todo o sistema. Isso leva a um uso mais eficiente dos recursos de hardware.
Monitoramento e tolerância a falhas: Como os microsserviços são independentes, eles também precisam ser monitorados e gerenciados individualmente em termos de desempenho e disponibilidade. Isso requer estratégias de tolerância a falhas e monitoramento proativo.
Coordenação e integração: Com a separação das funcionalidades, é necessário implementar mecanismos de coordenação e integração entre os microsserviços. Isso pode envolver o uso de barramentos de eventos, filas de mensagens ou outros mecanismos.
A decomposição de aplicações monolíticas para microsserviços pode trazer benefícios significativos, como maior flexibilidade, escalabilidade e agilidade no desenvolvimento e implantação de software. No entanto, também apresenta desafios, como a complexidade na gestão de múltiplos serviços e a necessidade de definir estratégias sólidas de comunicação e integração entre eles.
Converse com a NuageIT e permita-nos auxiliar na compreensão da sua aplicação. Conte com uma equipe de especialistas dedicados, prontos para orientá-lo na jornada para a nuvem e modernização da sua aplicação, garantindo um processo tranquilo e bem-sucedido.
E-mail: comercial@nuageit.com.br
Telefone: +55 (61) 92000-3269